ponto

O ponto é o elemento básico da representação. A partir dele, todos os outros elementos gráficos e visuais poderão ser representados, construídos e estudados como por exemplo a linha que por sua vez formam planos e os planos formam volumes.
O ponto não tem dimensão mas pode variar de tamanho e cor, material ou forma. É possível fazer pontos co um toque com o lápis no papel, com um pincel com tinta...
Apesar de ser considerado como unidade básica e estar normalmente integrado em conjuntos que dão origem a forma visual, o ponto como elemento visual tem características próprias que lhe dão diferentes personalidades originando inúmeras combinações e composições gráficas e visuais com resultados muitas vezes surpreendentes e originais.
O ponto como elemento visual autónomo, pode ser estudado e analisado segunto diferentes aspectos: TAMANHO, FORMA, QUANTIDADE, AGRUPAMENTO e ORDENAÇÃO que são designados por valores do ponto.
TAMANHO
O ponto pode ser pequeno, médio ou grande: em relação a outros pontos ou em relação a outros elementos visuais.
FORMA
O ponto pode adquirir diferentes tipos de formas, de acordo com o tipo de representação gráfica final pretendida: REGULAR/IRREGULAR, GEOMÈTRICA/LIVRE, CHEIA/VAZIA.
QUANTIDADE
O ponto pode ser representado ISOLADO ou AGRUPADO.
AGRUPAMENTO
Quando em conjunto o ponto pode ser representado ao ACASO ou ORDENADO.
Quando agrupados os pontos em conjunto podem apresentar uma situação de DISPERSÃO ou CONCENTRAÇÃO.
Bruno Munari - Densification
Se organizrmos um conjunto de pontos de uma determinada maneira, podemos obter a configuração de um objecto, sem nunca esquecermos que são os pontos que dão forma a esse objecto e sem recorrermos a outro tipo de elementos visuais, tais como a linha. O ponto quando adquire um valor próprio e aotónomo pode dar origem a uma forma ou representação que habitualmente se obtém através de outros elementos visuais (linhas, claro/escuro, etc.).
PONTILHISMO
O pontilhismo, estilo pictórico surgido do Impressionismo no final do século passado, consistiu na representação de formas e cores através da aplicação de pequenos pontos de cor sobre a tela. Ao observar o quadro, o olho do espectador mistura na sua retina os pontos, reconstituindo a forma e a cor dos objectos. Esta técnica é uma demonstração do valor expressivo do ponto. O pontilhismo, baseado nas teorias da cor do Impressionismo, foi desenvolvida cientificamente pelo pintor francês Georges Seurat, fundador do Neoimpressionismo em finais do século XIX.
O quadro de Seurat "Um domingo de verão no grande Jatte" (exposto na Exposição dos Impressionistas de Paris em 1886) é um dos exemplos mais conhecido do pontilhismo.
Georges Seurat
Depois de conhecer Seurat em 1884, o pintor neoimpressionista francês Paul Signac converteu-se num apaixonado defensor desta técnica.
Paul Signac